​Mattias Kumm: Regulação de plataformas digitais

Um dos fenômenos que mais preocupam democracias contemporâneas é o papel que plataformas digitais e seu modelo algorítmico teve em disseminar desinformação, catalisar polarização e ódio. Afetaram eleições e deram uma ferramenta poderosa ao extremismo. A regulação estatal dessas empresas passou a ser tema prioritário na agenda de defesa da democracia.

Em sua palestra na série International Dialogues in Constitutional Law, Mattias Kumm, da Universidade de Nova York (NYU) e da Universidade Humboldt de Berlim, discutiu como enfrentar o desafio de regular essas plataformas à luz dos valores do constitucionalismo global.

Market Imperatives and the public sphere: Constitutional Reflections on free speech and regulating private digital platforms
MATTIAS KUMM
Universidade de Nova York (NYU) e Universidade Humboldt de Berlim
13 de junho, 10h00
Largo de São Francisco, 95. Prédio histórico, auditório Rubino de Oliveira

 

Kai Möller: Além da razoabilidade

Nas últimas décadas, os teóricos dos direitos têm argumentado que a proporcionalidade e a cultura da justificação são o cerne dos direitos fundamentais. Em sua palestra na nossa série International Dialogues, Kai Möller pretendeu mostrar que essa visão minimiza indevidamente os principais valores nos quais a tradição dos direitos fundamentais se baseia, a dignidade, a liberdade e a igualdade.

A palestra de Kai Möller foi baseada em seu artigo “Beyond Reasonableness: The Dignitarian Structure of Human and Constitutional Rights”, publicado no Canadian Journal of Jurisprudence 34:2 (2021): 341-364.

Beyond Reasonableness: The Dignitarian Structure of Human and Constitutional Rights
KAI MÖLLER
London School of Economics
22 de maio de 2023, 10h00
Largo de São Francisco, 95. Prédio histórico, auditório Rubino de Oliveira

Matthias Klatt: Uso de precedentes estrangeiros

A referência a decisões passadas é um tipo de argumento padrão em tribunais, não apenas em sistemas de common law. No entanto, se a decisão passada for de um tribunal estrangeiro, as coisas são mais complexas. Antonin Scalia, da Suprema Corte dos Estados Unidos, afirmava que a utilização de precedentes estrangeiros seria antidemocrática e ilegítima. Em sua palestra em nossa série International Dialogues, Matthias Klatt procurou: (1) demonstrar que a utilização de precedentes estrangeiros pode colocar tribunais diante de um dilema; (2) comparar esse dilema com outros com os quais estamos mais familiarizados na argumentação jurídica em geral; e (3) discutir como é possível justificar o recurso a precedentes estrangeiros. Em suma, o objetivo de Klatt foi demonstrar, entre outras coisas, por que Scalia estava enganado e, assim, fazer uma defesa do uso de precedentes estrangeiros como um tipo impecável de argumento jurídico.

The Use of Foreign Precedent
MATTHIAS KLATT
Universidade de Graz
26 de abril de 2023, 10h00
Largo de São Francisco, 95. Prédio histórico, auditório Rubino de Oliveira